1º Encontro Nacional de Contos Indígenas em Vila Velha de Ródão
Arqueologia

1º Encontro Nacional de Contos Indígenas em Vila Velha de Ródão





Realizou-se em Vila Velha de Ródão, de 11 a 13 de Julho, o 1º Encontro Nacional de Contos Indígenas, subordinado ao tema “Contos Primevos dos Rios Sagrados”. Tratou-se de uma iniciativa conjunta do Museu Nacional de Arqueologia (MNA) e da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão (CMVVR), contando com o apoio da Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, do Centro Português de Geo-História e Pré-História e da Associação de Estudos do Alto Tejo. 

A Rede de Clubes de Arqueologia do MNA participou ativamente através da recolha ou criação de contos, que foram apresentados em Ródão por contadores de histórias profissionais e alunos de diversas escolas do país.

A recolha pela Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) de contos tradicionais portugueses que versaram o tema da água, foram selecionados para apresentação por parte de contadores especialmente convidados para o efeito


Os alunos dos Clubes de Arqueologia foram recebidos na estação da CP de Ródão por representantes da autarquia e por Luís Raposo, coordenador do programa que fez uma breve apresentação sobre o programa.


As atividades de dia 11 de julho começaram na Casa de Artes e Cultura do Tejo (CACTejo), pelas 21 horas, contando com a apresentação da rede de Clubes de Arqueologia por Mário Antas (MNA), e a intervenção de  Miguel Feio, apresentando as práticas educativas do Clube de Arqueologia do Externato Frei Luís de Sousa (EFLS).

 De seguida, no auditório do CACTejo, assistiu-se a uma peça de teatro protagonizada pelos alunos do EFLS, cujo o tema central era a água e a defesa do ambiente. A noite terminou com uma sessão de cinema, em que os presentes foram convidados a testemunhar um “documento histórico” da década de 70 do século passado, cujo o tema central foi a intervenção dos arqueólogos no estudo das gravuras rupestres que posteriormente foram submersas pela construção da barragem do Fratel.

Dia 12 de julho, os alunos da Rede de Clubes de Arqueologia tiveram oportunidade de aprender a contar histórias com os contadores de histórias convidados para o efeito pela DGLAB.

Nessa mesma com noite de lua cheia, teve lugar ao ar livre, junto ao Rio Tejo, uma sessão nocturna de conto de histórias. Todos os participantes, assim como a população em geral, foram convidados a deambular entre o cais do Porto do Tejo e a Capela da Senhora da Alagada, passando pelo sítio paleolítico da Foz do Enxarrique, com paragens mágicas lá onde o apelo da terra fez brotar a imaginação. 

No dia 13 de manhã os alunos do Clube de Arqueologia desfrutaram de um magnífico passeio de barco às “Portas de Ródão”, conhecendo uma indescritível beleza natural interpretada pela sua fauna e flora. O grupo conheceu, igualmente o Castelo do Rei visigodo Wamba, numa escarpa sobranceira ao rio Tejo, sobre as Portas de Ródão onde muitos casais de grifos nos fizeram “guarda de honra”. . No alto dos seus muros, miradouro de visita obrigatória, os alunos do Clube de Arqueologia poderam contemplar a excepcional panorâmica e as inúmeras histórias que enquadram o local, ditas por  Jorge Gouveia, da câmara Municipal de Vila Velha de Ródão.. A visita terminou no Centro de Interpretação de Arte Rupestre do Vale do Tejo (CIART), instalações do centro Municipal de Cultura e Desenvolvimento de Vila Velha de Ródão. Os alunos poderam visitar as exposições permanentes de Arqueologia do Ródão e a exposição de Arte Rupestre do Vale do Tejo.


Ainda no dia 13 de manhã foi descerrada a placa toponímica que atribuiu o nome de “Geração do Tejo” ao largo do cais de embarque no rio. Neste ato solene usou da palavra o presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão.. Luís Raposo, Mário Varela Gomes, Francisco Sande Lemos e Francisco Henriques pela Geração do Tejo. No fim foram apresentadas as linhas mestras  um protocolo que reúne o MNA (representado no ato pelo seu diretor, António Carvalho) , a CMVVR (representado no ato pelo seu presidente , Luís Ferro Pereira), pelo CPGP (representado no ato pelo seu vice-presidente , Fernando Coimbra), e a FLUL / UNIARQ na criação de uma “Escola Internacional de Arqueologia” no sítio da Foz do Enxarrique.





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