Arqueologia
Cartilha para preservar sítio arqueológico no Agreste será lançada este sábado
Cleide Alves (Especial para o Jornal do Commercio PE/Online)
Dissertações de mestrado geralmente ficam restritas ao mundo acadêmico. Mas sempre há exceções e um exemplo é o lançamento da cartilha Educação Patrimonial em Bom Jardim: Preservação da história de um povo, do professor Severino Ribeiro da Silva, às 15h deste sábado (29), Livraria Saraiva do Shopping Center Recife, em Boa Viagem, no Recife. A publicação é um produto do trabalho que ele defenderá no próximo mês no Programa de Pós-Graduação em Arqueologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Com tiragem de dois mil exemplares, a cartilha tem 32 páginas em formato de quadrinho e será distribuída para 14 escolas do município de Bom Jardim, no Agreste do Estado, distante 114,8 quilômetros do Recife. Uma parte será comercializada em livrarias. “Todos os personagens, histórias e problemas relatados na publicação são reais. O objetivo é garantir a preservação dos sítios arqueológicos do município”, diz o professor.
A cartilha é focada em Bom Jardim, mas a mensagem se aplica a qualquer localidade onde exista sítios com vestígios arqueológicos (cacos de objetos ou marcas de alguma atividade deixadas pelo homem, como vasilhames de cerâmicas e fogueiras). Destruir essa herança, ensina a publicação, “tem o mesmo efeito de apagar de nossa memória uma parte de nossa história vida.” Os desenhos são intercalados com fotografias de pinturas rupestres, artefatos e abrigos em rochas.
Bom Jardim, conforme o pesquisador, possui 12 sítios arqueológicos identificados e alguns paleontológicos na bacia do Rio Goiana. São abrigos em rochas que serviam de moradia e cemitério. Outros quatro sítios pré-históricos, com pinturas rupestres, foram localizados na bacia do médio Capibaribe e Riacho Ribeiro Grande, incluindo a região de João Alfredo. “Dois encontram-se totalmente destruídos pela ocupação urbana desordenada e dois estão 80% preservados. Há mais de 15 painéis pintados”, informa.
A cartilha, financiada pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe-Funcultura), é um produto da dissertação de mestrado de Severino Ribeiro. “Queria fazer alguma coisa para ajudar a preservar os sítios e o melhor caminho é a educação patrimonial.” Na mesma linha de raciocínio, estão sendo realizadas oficinas para alunos e professores.
Ele quer evitar novas destruições de patrimônio do município, como a que aconteceu este mês com uma casa que tinha a fachada revestida com azulejo português do século 19. O imóvel, segundo ele, representava tanto a arquitetura quanto a economia predominante na época, em Bom Jardim, a produção de algodão. “O proprietário demoliu toda a edificação”, lamenta.
Fonte:
Brasil, http://jc.uol.com.br/ (27/11/2009)
loading...
-
Os Principais Sítios Arqueológicos Pré-coloniais Do Brasil (parte 03)
Este artigo foi escrito por Joelza Ester Domingues RIO DE JANEIRO A intensa ocupação desde o início da colonização e, principalmente, sediando a capital do país por mais de duzentos anos, contribuíram para a destruição de muitos sítios arqueológicos...
-
Os Principais Sítios Arqueológicos Pré-coloniais Do Brasil (parte 02)
Este artigo foi escrito por Joelza Ester Domingues MATO GROSSO O estado do Mato Grosso tem 792 sítios arqueológicos cadastrados, mas somente um deles foi tombado pelo IPAHN: a caverna Kamukuaká, no município de Parantinga, junto, mas fora dos limites,...
-
Sítios Arqueológicos Depredados
Foto: Alex Régis – “O guia Antônio Cesar mostra preservação do Lajedo Soledade” Isaac Lira (repórter) Dizem que o sol e o tempo são os melhores desinfetantes. Ambos teriam o poder de esclarecer, revelar o que está obscuro. A crença parece...
-
Descoberta Arqueológica Para Obra No Rio São Francisco Em Pernambuco
FÁBIO GUIBU da Agência Folha, em Custódia (PE) Um sítio arqueológico com fragmentos cerâmicos e gravuras rupestres foi encontrado em um canteiro de obras da transposição das águas do rio São Francisco, em Custódia (que fica a 350 km de Recife)....
-
Arqueologia Tenta Desvendar História Dos Antigos Moradores De Roraima
Desenhos encontrados em um dos sítios arqueológicos entre as reservas indígenas São Marcos e Raposa Serra do Siol, em Roraima (Foto: Ari Silva/Arquivo pessoal) Datações indicam presença humana há pelo menos 4 mil anos. Estado tem mais de cem...
Arqueologia