Esta imagem é uma combinação de registros dos Grandes Observatórios da Nasa, compostos por telescópios atualmente em órbita da Terra: o Chandra, que observa em raios X, o Hubble, que observa desde o ultravioleta até o infravermelho próximo e o Spitzer, que observa no infravermelho.
Na verdade ainda teria o Compton, mas esse já terminou sua missão e foi mandado para o fundo do mar, numa reentrada controlada na atmosfera. Este último telescópio era capaz de observar em raios gama.
Mesmo esses três telescópios ainda ativos já mostram sinais da idade, o Chandra completou recentemente 10 anos de serviço e seus detectores já não estão tão bons e o Spitzer exauriu sua carga de hélio líquido e não consegue mais ser mantido frio o suficiente para observar no infravermelho mais distante e agora está operando em sua fase “morna”. O próprio Hubble, se não fosse a última missão de reparos em maio, já estaria aposentado.
A região desta imagem cobre uma área do céu semelhante a uma Lua Cheia, apontada justamente para o centro da Via-Láctea. Neste panorama podemos evidenciar o caos que é esta região da galáxia, com muita poeira, gás e radiação.
Em um espaço tão reduzido, é possível encontrar estrelas se formando, estrelas jovens e quentes, antigas e frias, restos de supernovas, anãs brancas, enfim exemplos de todos os tipos de estrelas e fases de suas vidas.
Além delas, é possível notar o efeito de tanta coisa junta, as nuvens de gás e de poeira que obscurecem o centro da Via-Láctea são esculpidas e formam pilares e bolhas.
O centro da galáxia, propriamente, é a mancha branca à direita do painel. Dentro desse casulo está o buraco negro central de nossa galáxia, com massa de milhões de vezes a massa do Sol. Você pode acessar a imagem original em alta resolução aqui.
Astrônomo Cássio Barbosa
11 de novembro de 2009 às 15:15
Site G1
Vídeo com imagens belíssimas em homenagem à Galileu