Derretimento de gelo na Antártida e na Groenlândia está mais rápido
Norte da ilha Alexander, na Antártida (Foto: Robert Simmon/Nasa-EO-1)
Tudo que está ocorrendo na Antártida e na Groenlândia, é causado pelo Aquecimento Global
O aquecimento está acelerando o fluxo de muitos dos mais de 400 glaciares da Península Antártica em direção ao oceano.
Península Antártica tem mais de 400 rios de gelo.Aquecimento acelera o fluxo desses rios para o oceano
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Derretimento de gelo na Antártida e na Groenlândia está mais rápido
Ecossistemas do Ártico são gravemente afetados pelo aquecimento, diz estudo
Um glaciar é um “rio de gelo” alimentado pelo acúmulo de neve. Ele escoa das montanhas para regiões mais baixas, onde o gelo pode derreter, se romper no oceano na forma de icebergs ou reforçar uma plataforma de gelo.
Plataforma é a extensão plana, flutuante, dos mantos de gelo, com espessura de 100 a 1.000 metros. Um manto de gelo é a capa de até 4 quilômetros que cobre a rocha. Flui do centro do continente em direção à costa, onde alimenta as plataformas.
A imagem acima, divulgada nesta quinta-feira (8) pela Nasa, a agência espacial americana, é mais um registro desses processos. Ela retrata a ponta norte da Ilha Alexander. Neste caso, o Glaciar Hampton está formando diversos icebergs grandes.
Quando a produção de icebergs é compensada pelo acúmulo de neve no glaciar, não há contribuição para a elevação do nível do mar: toda água que vai para o oceano via derretimento do iceberg acaba voltando ao glaciar como neve.
Mas se a produção de iceberg ocorre em ritmo mais acelerado que o acúmulo de neve, então o glaciar está contribuindo para o aumento do nível do mar.
Um glaciar é um “rio de gelo” alimentado pelo acúmulo de neve. Ele escoa das montanhas para regiões mais baixas, onde o gelo pode derreter, se romper no oceano na forma de icebergs ou reforçar uma plataforma de gelo.
Plataforma é a extensão plana, flutuante, dos mantos de gelo, com espessura de 100 a 1.000 metros. Um manto de gelo é a capa de até 4 quilômetros que cobre a rocha. Flui do centro do continente em direção à costa, onde alimenta as plataformas.
A imagem acima, divulgada nesta quinta-feira (8) pela Nasa, a agência espacial americana, é mais um registro desses processos. Ela retrata a ponta norte da Ilha Alexander. Neste caso, o Glaciar Hampton está formando diversos icebergs grandes.
Quando a produção de icebergs é compensada pelo acúmulo de neve no glaciar, não há contribuição para a elevação do nível do mar: toda água que vai para o oceano via derretimento do iceberg acaba voltando ao glaciar como neve.
Mas se a produção de iceberg ocorre em ritmo mais acelerado que o acúmulo de neve, então o glaciar está contribuindo para o aumento do nível do mar.
Derretimento de Gelo na Antártida e Groenlândia está mais rápido
Massa derretida equivale a 3 milhões de prédios como World Trade Center.Fenômeno elevou nível do mar em 0,46 milímetro por ano, em média.
Parte frontal do Glacial Helheim, na Groenlândia: perda de gelo seria 100% maior não fosse o efeito moderador de nevascas e de recongelamento de chuvas. (Foto: cortesia Steve Morgan)
A Groenlândia perdeu entre 2000 e 2008 nada menos que 1.500 gigatoneladas de gelo. É como se 3 milhões de edifícios de gelo do tamanho do World Trade Center tivessem sumido do mapa em menos de uma década.
Esse derretimento resultou em um aumento médio no nível do mar de 0,46 milímetro por ano. Entre 2006 e 2008, a elevação média do nível do mar saltou para 0,75 milímetro, com uma perda de gelo acumulada de 273 gigatons anuais (ou 546 mil "WTC’s de gelo").
Se não fosse o efeito compensador da precipitação de neve e de recongelamento, a perda de gelo na Groenlândia depois de 1996 teria dobrado.
O estudo, liderado por Michiel van den Broeke, do Instituto de Pesquisa Marinha e Atmosférica da Universidade Utrecht, na Holanda, está na edição mais recente da revista “Science”.
Estudo foi liderado por Michiel van den Broeke, do Instituto de Pesquisa Marinha e Atmosférica da Universidade Utrecht, Holanda (Foto: Cortesia da Universidade de Utrecht)
Os pesquisadores usaram dois métodos totalmente independentes de checagem. Um confirmou os números do outro, o que prova a consistência dos resultados.
O primeiro consiste na observação dos movimentos de gelo; o segundo, medições por meio de satélite.
Também participaram cientistas do Instituto Meteorológico Real dos Países Baixos e da Universidade de Tecnologia Delft (Holanda), Universidade de Bristol (Reino Unido), Universidade da Califórnia (câmpus de Irvine) e Jet Propulsion Laboratory da Nasa, em Pasadena, Califórnia.
Site G1 - São Paulo 12/11/09 - 16h00 Atualizado em 12/11/09 - 16h00
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