Milho era consumido na costa peruana há mais de 6000 anos
Arqueologia

Milho era consumido na costa peruana há mais de 6000 anos


Artigo da «PNAS» mostra que cereal era consumido em forma de pipoca e farinha.


Consumo de pipocas na costa centro e sul do oeste americano (créditos: Pamela Belding/STRI)

Os habitantes de há 6700 anos da costa do Pacífico, onde hoje é o Peru, já consumiam milho, nomeadamente em forma de pipoca e farinha. Esta recente descoberta trouxe duas “surpresas” aos arqueólogos: o milho é consumido há mais dois mil anos do que se pensava e ainda antes da utilização da cerâmica naquela zona do mundo.

O estudo está publicado na «Proceedings of the National Academy of Sciences» e tem como co-autora Dolores Piperno, curadora de Arqueologia do Novo Mundo do Museu Nacional de História Natural Smithsonian (EUA) e investigadora do Instituto Smithsonian de Investigação Tropical (Panamá).

Alguns dos mais antigos sabugos, cascas e talos de milho datados entre 6700 e 3000 anos atrás foram encontrados em Huaca Prieta e Paredones, dois montes na costa árida do norte do Peru. O grupo de investigação, liderado por Tom Dillehay, da Universidade Vanderbilt, e Duccio Bonavia, da Academia Nacional peruana de História, encontrou também microfósseis: grãos de amido e fitólitos.

As características das espigas – as mais antigas já descobertas na América do Sul – indicam que os antigos habitantes daqueles locais comiam milho tratado de várias formas, como pipocas e farinha. Contudo, este cereal não seria uma parte muito importante da sua dieta.

O milho começou a ser domesticado no México há 9000 anos, a partir de uma espécie selvagem chamada teosinto. Os resultados do estudo mostram que só alguns milhares de anos mais tarde o milho chegou à América do Sul onde evoluiu para diversas variedades, agora comuns nos Andes.

O estudo mostra também que o milho era consumido antes ainda da cerâmica ter começado a ser usada por aquelas populações. Assim, as primeiras experiências do milho como comida não estiveram dependentes da presença de recipientes de cerâmica.

Os investigadores admitem que continua a ser um grande desafio compreender as transformações subtis nas características das espigas e dos grãos que possibilitaram as numerosas variedades de milho que hoje existem.

Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=52728&op=all (25/01/2012)



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