Arqueologia
TCE/SC recebe exposição sobre arte rupestre em Santa Catarina
A cidade de Florianópolis guarda encantos que vão além da beleza de suas praias e mistérios que ultrapassam as lendas sobre bruxas. A chamada Ilha da Magia também possui um dos mais ricos acervos rupestres do mundo. Esses registros, que na verdade estão presentes em todo litoral de Santa Catarina, ganham nova forma e ambiente por meio do trabalho de Miguel Luiz Buchele Junior. O artista que utiliza a técnica de entalhe em madeira traz ao Tribunal de Contas a partir desta quinta-feira, (10/9) 26 peças que compõem a exposição Homenagem à arte rupestre em Santa Catarina.
O que essas gravações significam exatamente ou há quanto tempo existem ninguém sabe, mas elas representam registros ancestrais milenares ainda pouco estudados e conhecidos. Na maioria das gravuras encontradas nas praias e ilhas de Florianópolis, predomina o estilo geométrico, como traços paralelos, círculos e triângulos, mas também há figuras de pessoas e animais. Destaque para a Ilha do Campeche, que desde 2000 é considerada Patrimônio Arqueológico e Paisagístico Nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Miguel Luiz Buchele Junior tem 62 anos e nasceu na cidade de Joinville, no norte do Estado. Começou a carreira artística na década de 70 quando, contra a vontade da família, largou o emprego de bancário para viajar e encontrar sua vocação pela arte. A curiosidade pela história e adaptação dos seres humanos são seus propulsores. “Eu acredito que tenho alma de antropólogo”, revela Buchele. Em outros países da América da Sul, como Chile e, em especial, o Peru, aprendeu técnicas diversas, como argila, cobre-repuxado e madeira.
Estudou civilizações pré-incas, incas, astecas, maias e os celtas na Irlanda. Permaneceu com o foco na arte antiga, na produção e no desenvolvimento de diferentes povos. Voltou ao Brasil por volta de 1980, disposto a estudar e difundir a arte rupestre catarinense. Atualmente, possui um ateliê em Florianópolis, onde também trabalha com terapia artística.
A exposição, que vai até o dia 9 de outubro, das 8 às 19 horas, ocorre no Espaço Cultural Willy Zumblick, nomeado pela Resolução TC-0104/2014. Seu uso está regulamentado na Portaria TC-0619/2014. A criação do espaço está alinhada com a o intuito do Tribunal em contribuir para a disseminação da cultura na sociedade, ao abrir o espaço público e aproximar o cidadão de artistas, escritores, historiadores e outras manifestações culturais.
Fonte: http://www.jornalfloripa.com.br/geral/index1.php?pg=verjornalfloripa&id=15140 (08/09/2015)
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