A Corrida Presidencial
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A Corrida Presidencial




Da esquerda pra direita: Américo de Souza (PSL); Dilma Roussef(PT); Ivan Pinheiro (PCB); José Maria Eymael (PSDC); José Serra (PSDB); Levy Fidélix (PRTB); Marina Silva (PV); Plínio Sampaio (PSOL); Rui Pimenta (PCO); Zé Maria (PSTU).



Por Bottary


Novamente, entramos na corrida presidencial, cuja eleição será no mês de outubro próximo. Infelizmente, estamos num país ainda numa democracia em quê somos, no caso do voto, livres pra votar por “livre” e “espontânea pressão”.

No meu ponto de vista, penso que se não fôssemos obrigados a tal façanha, muitos não o fariam, por não ver nenhuma possibilidade de acreditar em nenhum dos candidatos. Quem sabe isto não os fariam pensar melhor antes de se candidatarem aos serviços públicos de uma nação, comunidade, etc, promovendo o bem coletivamente e não em suas individualidades?

O certo é que, não obstante a nação estar hoje num patamar de destaque mundialmente falando, tudo está sendo feito, pelo menos é o que eu entendo, de forma sacrificiosa àqueles que não são abastados financeiramente falando. Tenho como exemplo na pele, hoje, como aposentado que sou há 10 anos, a perda do meu poder aquisitivo ao longo desses anos. Uma prova de quê os governos que entram e saem, somente prometem aos pobres e aos aposentados principalmente, quando estão na oposição. No momento em que estão na situação, viram o disco para o outro lado e não estão nem aí para os seus eleitores: pobres, aposentados, professores, servidores da saúde pública; enfim, falo isso de carteirinha, uma vez que fiz muita campanha para esse atual governo e no entanto, vejo-o fazendo coisas que o desagradava, mas que agora, não tem mais interesse de resolver seus ideais, uma vez que as forças empresariais somente olham primeiramente para o lado das exportações e muito pouco para uma administração pública condizente com uma sociedade com menos sofrimento. A decepção é incrivelmente vergonhosa, na medida em que, quando eu mais necessito de um salário compatível com o que preciso para manter minha atual família, ainda sendo criada, o meu poder aquisitivo vem sendo engolido pela administração pública ao longo desses meus dez anos de afastamento do trabalho. Suas teses de que a Previdência Social está falida, não tendo nos cofres dinheiro o suficiente para dar aumento real aos aposentados, é um verdadeiro sofisma, sendo desmascarados por muitos inclusive pelo ilustre senador Paulo Paim (vide blog e site).

Claro que todos os governos sempre terão seus lados negativos e positivos de se governar. A busca sempre será favorecer ao desenvolvimento da nação, gerando uma economia estável, com empregos para todos; segurança, saúde e educação de uma forma condizente com uma sociedade harmônica e civilizada; entretanto, penso que não se precisaria fazê-lo com tanto sacrifícios aos mais necessitados, incluindo é claro a aberração que fazem com os pobrezinhos do aposentados.

Se se fala hoje, tecnicamente que o salário mínimo deveria ser de R$ 2.500,00, por que será que nenhum governo se preocupou em observar isso? Por que será que permitem a queda do poder aquisitivo dos aposentados, no momento em que eles mais precisam de manter o seu poder? Por que será que sabendo que desvinculando o aumento dos salários dos aposentados do índice do salário mínimo, estariam complicando a vida de muitos ex-trabalhadores, pais de família.

O fato é que alegam que a Previdência Social está deficitária, o que não é verdade. Os argumento técnicos dos entendidos, que são mostrados poucos na mídia, mas podem ver no site daquele senador, contrapõem aos do governo, quando alega aquela deficiência na Previdência. Previdência deficitária é um argumento falso com a aparência de verdade.

Também é claro que a nação hoje não se encontra mais naquela inflação horrorosa dos anos 80, mas também, muito já se poderia ter feito para o pobre e o governo atual “chora lágrimas” por não ter conseguido ter feito mais ainda. Não o fez porque não o quis ou porque a pressão das grandes oligarquias assim não permitiram?

A nação clama vivas agora por extraordinários superávits nas comercializações e, no entanto, só aparecem os bilhões de reais para tapar buraco de grandes bancos nos momentos de crises e para ajudar nações em crises.

O povo brasileiro reclama ainda por uma boa educação pública com bons salários aos educadores; um sistema de saúde público sem humilhação aos doentes, nos hospitais públicos; uma segurança pública condizente com uma sociedade que se diz civilizada há tempos e, por fim, por uma vida de aposentado mais digna, depois de ter produzido por muitos anos pela nação.

Não obstante tudo isso, percebo quê, salvo engano, o brasileiro está mais maduro nos acontecimentos políticos. Por conseguinte, é um raciocínio lógico que muitos já sabem o que fazer, mesmo que sejam obrigados a isso, analisando cuidadosamente o seu voto antes de se adentrarem nas urnas em outubro. A busca agora é de um voto mais consciente.

Mas o que é um voto mais consciente?

Véspera de eleição. Desde já devemos observar-nos na maneira pela qual vamos nos conduzir às urnas, uma vez que para isso devemos lembrar que a política é uma ciência do saber governar, administrando os negócios do setor publico.

A habilidade consciente que deveremos ter com o nosso voto é sobremodo evidente, haja visto que o que estamos percebendo ao longo dos anos é uma decadência na imagem do político brasileiro, e também, em outros países.

Por conseguinte, há um abismo entre o homem e este político; ao contrário do que deveria ser, há uma estreita mesquinhez bastante evidente, na medida em que muitos dos eleitores “vendem” o seu voto, numa derrogação do verdadeiro sentido da política pública.

Fazer política pública requer comprometimento com a sociedade em suas necessidades básicas, porquanto deve ser feito com desprendimento, caso contrário é a sociedade quem sai perdendo.

Estamos assistindo de camarote uma cueca aqui, outra ali; uma propina aqui, outra ali; uma prevaricação aqui, outra ali; e a política no Brasil vai bem mal obrigado, numa total irresponsabilidade.

A corrupção é como uma praga em nosso país. Precisamos nos vacinar contra ela. O desejo de ficar rico é tão grande que sobrepõe aos interesses reais e necessários à sociedade. Devemos observar qual deles irá propor uma linha de pensamento mais concreta no que diz respeito aos interesses da sociedade, mesmo correndo o risco de novamente cair em decepção.

Façamos então um voto mais consciente!

Posto isto, observo que, a consciência de um voto, por exemplo, é ter a certeza e não a dúvida, em quem estamos votando. Devemos estabelecer a priori, o nosso senso crítico e julgador, a respeito de alguém, para, por intermédio dele, fazer valer melhor, a nossa necessidade, observando, é claro, os direitos, deveres e necessidades prementes da nossa vida.

Não obstante, é necessário que se faça uma profunda análise dos novos e velhos candidatos, colocando na urna, aquele em quem sua experiência nos fala mais alto; e, para aquele que nunca nos representou, observemos se o mesmo possui como cidadão comum, uma bagagem de vida idônea para nos representar.

O voto comprado é um voto de perca da própria dignidade como pessoa humana.

O voto consciente é a verdadeira busca da mudança de paradigmas, colaborando você, com sua parte para que pessoas conscientes possam ter a chance de mudar para melhor o destino de uma nação, mesmo porque, quem muda o destino de uma nação somos nós, razão pela qual devemos mudar nosso comprometimento com a nossa nação.

Que nas eleições vença a vontade do voto-consciente, sobretudo daquele que quer uma mudança de vida do povo brasileiro.

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Diante do exposto gostaria de colocar aqui os ensinamentos daquele que foi, é e será sempre um exemplo para nós, de sabedoria, humildade e compaixão para com os mais necessitados em suas aflições interiores: Chico Xavier.

Perguntaram-lhe certa feita, acerca do que pensaria a respeito do homem público ao que ele respondeu:

"A Doutrina Espírita é acusada de, ao se preocupar somente com a vida no além, ajudar a manter o sistema político vigente, por não se preocupar com o progresso material e político do homem na Terra.
O que acha?

Chico Xavier:

- É muito interessante isso, mas não desejamos abusar, desprestigiar, desprimorar mesmo a figura de Jesus Cristo. É importante considerar que Jesus cogitou muito da melhora da criatura em si.

Auxiliou cada companheiro no caminho a ter mais fé, a amar os seus semelhantes, ensinou os companheiros a se entre-ajudarem, de modo que nós vimos Jesus sempre preocupado com o homem, com a alma.

Não nos consta que ele tivesse aberto qualquer processo de subversão com o Império Romano, nem mesmo contra a Palestina ocupada.

Então, o espírita não é propriamente uma pessoa conformada do ponto de vista negativo. Conformismo em Doutrina Espírita tem o sinônimo de paciência operosa.

Paciência que trabalha sempre para melhorar as situações e cooperar com aqueles que recebem a responsabilidade da administração de nossos interesses públicos.

Em nada nos adiantaria dilapidar o trabalho de um homem público, quando nosso dever é prestigiá-lo e respeitá-lo tanto quanto possível e também colaborar com ele para que a missão dele seja cumprida. Porque é sempre mais fácil subverter as situações e estabelecer críticas violentas ou não em torno de pessoas.

Nós precisamos é da construtividade.

Não que estejamos batendo palmas para esse ou aquele, mas porque devemos reverenciar o princípio da autoridade, porque sem disciplina não sei se pode haver trabalho, progresso, felicidade, paz ou alegria para alguém. Veja a natureza: se o sol começasse a pedir privilégios e se a Terra exigisse determinadas vantagens, o que seria de nós com a luz e o pão de cada dia?"

Esta entrevista faz parte de um extenso trabalho de reportagem dos jornalistas
Airton Guimarães e José de Paula Cotta, do jornal "Estado de Minas",
publicado nas edições de 8, 9, 10 e 12 de julho de 1980.
Transcrito do livro Chico Xavier - Mandato de Amor,
editado pela União Espírita Mineira - Belo Horizonte, Minas Gerais.



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