Victor-Marie Hugo (Besançon, 26 de fevereiro de 1802 — Paris, 22 de maio de 1885) foi um escritor e poeta francês de grande atuação política em seu país. É autor de Les Misérables e de Notre-Dame de Paris, entre diversas outras obras.
Quando morreu, no século XIX, Victor Hugo arrastou nada menos que dois milhões de acompanhantes em seu cortejo fúnebre, em plena Paris.
Lutador das causas sociais, defensor dos oprimidos, divulgador do ensino e da educação, o genial literato deixou textos inéditos que, por sua vontade, somente foram publicados após a sua morte.
Um deles fala exatamente do homem e da Imortalidade e se traduz mais ou menos nas seguintes palavras:
“A morte não é o fim de tudo. Ela não é senão o fim de uma coisa e o começo de outra. Na morte o homem acaba, e a alma começa.
Que digam esses que atravessam a hora fúnebre, a última alegria, a primeira do luto. Digam se não é verdade que ainda há ali alguém, e que não acabou tudo?
Eu sou uma alma. Bem sinto que o que darei ao túmulo não é o meu eu, o meu ser. O que constitui o meu eu, irá além.
O homem é um prisioneiro. O prisioneiro escala penosamente os muros da sua masmorra, coloca o pé em todas as saliências e sobe até ao respiradouro.
Aí, olha, distingue ao longe a campina, aspira o ar livre, vê a luz.
Assim é o homem. O prisioneiro não duvida que encontrará a claridade do dia, a liberdade. Como pode o homem duvidar se vai encontrar a eternidade à sua saída?
Por que não possuirá ele um corpo sutil, etéreo, de que o nosso corpo humano não pode ser senão um esboço grosseiro?
A alma tem sede do absoluto e o absoluto não é deste mundo. É por demais pesado para esta Terra.
O mundo luminoso é o mundo invisível. O mundo do luminoso é o que não vemos. Os nossos olhos carnais só veem a noite.
A morte é uma mudança de vestimenta. A alma, que estava vestida de sombra, vai ser vestida de luz.
Na morte o homem fica sendo imortal. A vida é o poder que tem o corpo de manter a alma sobre a Terra, pelo peso que faz nela.
A morte é uma continuação. Para além das sombras, estende-se o brilho da eternidade.
As almas passam de uma esfera para outra, tornam-se cada vez mais luz, aproximam-se cada vez mais e mais de Deus.
O ponto de reunião é no infinito.
Aquele que dorme e desperta, desperta e vê que é homem.
Aquele que é vivo e morre, desperta e vê que é Espírito.” Victor Hugo
* * *
Muitos consideram que a morte de uma pessoa amada é verdadeira desgraça, quando, em verdade, morrer não é finar-se nem consumir-se, mas libertar-se.
Assim, diante dos que partiram na direção da morte, assuma o compromisso de preparar-se para o reencontro com eles na vida espiritual.
Prossiga em sua jornada na Terra sem adiar as realizações superiores que lhe competem, pois elas serão valiosas, quando você fizer a grande viagem, rumo à madrugada clarificadora da eternidade.
Redação do Momento Espírita, a partir do cap. Palavras do
autor e cap. A França chora seu maior poeta, do livro
Victor Hugo e seus fantasmas, de Eduardo
Carvalho Monteiro, ed. Eme.
Em 29.03.2010.
http://www.momento.com.br/
Nota do Bottary:
É de suma importância que entendamos o que seria estas realizações superiores que nos competem, ditas acima.
No nosso entendimento, com base em raciocínios lógicos, são as nossas virtudes, ainda que latentes, quê, muitas das vezes, temos vergonha de realizá-las, haja visto nossa cultura errônea e sobretudo machista, de não nos permitir externar o que de bom existe dentro de cada um de nós. Os costumes não nos ajudam a combater nossas mazelas e procurarmos somente o caminho do bem; da libertação. Libertação esta que está muito acima do entendimento do senso comum; e, embora estejamos longe dela, e não existindo nenhuma receita pronta pra vivenciar a vida como ela é, devemos, por aquele raciocínio lógico, observarmo-nos em nosso comportamento para com o nosso semelhante; para com os animais; para com as plantas; enfim, para com o nosso meio-ambiente, pois quê, nos servirá de bússola quanto àquela correta caminhada rumo à dita libertação, e, por conseguinte, à plena felicidade. Seria então, estarmos sempre atentos: “ Fazer para com o outro, o mesmo que gostaríamos que se fizessem conosco( Falou Confúcio e depois o Cristo), ou seja: Ter paciência; tolerância; amizade sincera; respeito com o direito do outro; ser solidário; ser bom – aqui devemos entender o ser bom diferente de ser tolo); enfim, estar sempre procurando exercitar as boas ações.
Há muitos que necessitam de uma palavra amiga, assim como de uma orientação adequada, neutra e sensata. Seria como quê, um exemplo seu de bondade.
Um cumprimento seu de um bom dia àquele que lhe é desconhecido, tem muito mais significado e mérito para o Pai Celestial, do que aquele que o faz a um conhecido, mas da boca pra fora.
As virtudes do dia-a-dia, têm valores imensos na Rêde de Amor do Pai Celestial. Por exemplo: Fazer uma criança sorrir; dar lugar no assento de um ônibus à um idoso; a uma mulher grávida ou não; ajudar um deficiente a atravessar uma avenida; dar um presente a alguém – cada um dentro de seu padrão de vida – mas dado com muito amor e carinho e não para aplacar alguma fúria existente no outro; distribuir presentes em finais de ano, vestido de Papai Noel, como muitos empresários fazem; dar um abraço a alguém pela saída vitoriosa em alguma dificuldade na vida, são formas de mostrar a si mesmo que você sabe amar ao próximo, mesmo que a recíproca não seja tão verdadeira para com você.
Sabemos que somos cheios de defeitos, mas sabemos sobretudo que temos n valores, os quais serão valiosos no sopesar do julgamento de nossa própria consciência, no Plano Espiritual.
Agora, para variar e relaxar, devemos estar sempre de bom humor, ainda que sejamos negativistas pra determinadas coisas do universo.
Como diz um ditado milenar: “ Para termos boa saúde é preciso que andemos pela metade, comemos pelo dobro e riamos pelo triplo.”
Para que todos riam de mim assino o meu nome abaixo, para que todos leiam em voz alta e de traz pra frente: Arievilo Ed Iratob Odlareg
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